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[...] Ao ver as linhas de pesquisa do mestrado me identifiquei com o trabalho que realizo na Escola Técnica do SUS do Maranhão. Para mim tem sido um ganho participar deste programa de pós-graduação. Mariana Santos

Entrevista

Mariana Pereira de Almeida Santos | Coordenadora de Curso na Escola Técnica do SUS do Estado do Maranhão

Entrevista com Mariana Pereira de Almeida Santos, aluna do Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde e Coordenadora de Curso na Escola Técnica do SUS do Estado do Maranhão. A entrevista foi realizada por Dinorah França, estagiária de pesquisa do Observatório de Recursos Humanos da UFRN, no Segundo Encontro Presencial do Programa.

Observatório RH: Mariana, você poderia nos falar um pouco sobre sua trajetória e atuação na Escola Técnica do SUS do estado do Maranhão? Mariana Santos: Sou enfermeira e atuo nessa escola como coordenadora de cursos. Em nossa escola ofertamos cursos para os trabalhadores de nível médio que estão inseridos no Sistema Único de Saúde. Sempre trabalhei na área da educação, foi uma área que sempre me deu expectativas e amo o que faço. Atualmente estamos ofertando a segunda e a terceira etapa do curso técnico de Agente Comunitário de Saúde. Ainda faltam alguns ajustes com o secretário do estado, mas a Escola Técnica de Saúde se tornou a Escola de Saúde Pública e a Escola Técnica se tornará um anexo dentro da sua estrutura. Hoje a Escola Técnica alcança todos os 217 municípios do estado do Maranhão.

Observatório RH: O que lhe motivou a cursar o Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte? Mariana Santos: Meu primeiro contato com o mestrado aconteceu por uma apresentação feita por minha coordenadora. Ao ver as linhas de pesquisa do mestrado me identifiquei com o trabalho que realizo na Escola Técnica do SUS do Maranhão. Para mim tem sido um ganho participar deste programa de pós-graduação. O curso está abrindo um leque de novas informações e oportunidades que estão me possibilitando lançar um novo olhar para o nosso ambiente de trabalho, na perspectiva de que se possa produzir algo que desencadeie benefícios para os serviços de saúde. É um passo muito importante para mim, nesse momento.

Observatório RH: Você poderia nos falar um pouco sobre o seu projeto de mestrado? Mariana Santos: Como mencionei há pouco, nós estamos trabalhando nesse momento com a segunda e terceira etapa do curso técnico de Agentes Comunitários de Saúde. Antes de iniciarmos o curso técnico, realizamos uma qualificação para os profissionais que exercerão a função de docentes no decorrer do curso. Essa qualificação foi denominada de “Qualificação Pedagógica”. Nosso objetivo com essa qualificação foi oportunizar ao profissional o desenvolvimento com segurança do método da problematização na sala de aula. A minha pesquisa irá trabalhar com os Agentes Comunitários de Saúde. Eu pretendo compreender quais foram os impactos do curso técnico em sua prática de trabalho. Enfim, se houve mudança de prática após a formação dada pela Escola. Farei a pesquisa com alunos que passaram pela Escola e com os que ainda estão matriculados no curso. Desejo que esse projeto seja uma ferramenta de avaliação para a própria Escola e para mim, como coordenadora de curso.

Observatório RH: Como você identifica a contribuição do Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde para os serviços de saúde? Mariana Santos: O mestrado tem me ensinado como realizar buscas e utilizar ferramentas que têm ajudado no meu processo de trabalho. Isso tem me proporcionado um amadurecimento profissional significativo. Também tem me possibilitado, mesmo não atuando diretamente na assistência, buscar estratégias para contribuir com o aperfeiçoamento da assistência e com o fortalecimento do serviço que é prestado aos usuários. Quero dizer ainda que os cursos desenvolvidos pela escola me proporcionam contato com as pessoas que estão nos serviços de saúde em diversos municípios do nosso estado, logo, melhorar minha qualificação repercute no meu trabalho junto às outras pessoas que estão na rede de atenção estadual.